quarta-feira, 3 de março de 2010

O trabalho da Flanders Investment&Trade


A facilidade para se abrir um negócio no país, atrai empresas de todo o mundo.O conjunto flexível de normas aduaneiras e o incentivo fiscal são dois ítens em destaque.
O primeiro fator é sustentado pelo suporte de informações prestadas pela Flanders Investment&Trade (FIT) e também porque o governo resume toda a burocracia de registro de empresas estrangeiras a um único formulário. Já a questão da legislação aduaneira flexível é explicada porque a Bélgica faz parte da União Européia, o maior mercado único do mundo, fato que torna os regulamentos sobre importação e distribuição válidos em todo o continente. E o terceiro ítem é representado pelos subsídios do sistema tributário, que abrangem contratação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, e até mesmo dedução de juros sobre capital próprio.




Mieke Pynnaert (foto), Conselheira Econômica Comercial da FIT, é incansável na divulgação das oportunidades que a região de Flandres oferece para as empresas. Nos últimos anos, tem rodado vários países neste sentido. Dedicada e competente, argumentos não lhe faltam. Tem sido fundamental, juntamente com a sua equipe, nesta missão que participam quatro jornalistas brasileiros.


O Brasil e Ghent


O Brasil já é um grande parceiro do porto de Ghent.Cerca de 3,9 milhões de toneladas movimentadas são de minérios. Ligado ao Mar do Norte através do canal marítimo artificial, Ghent ocupa uma superfície de 32 Km² e pode acomodar embarcações de até 80 mil toneladas brutas. Na última reforma foram feitos investimentos nos armazéns de refrigeração especial, a 25 graus negativos, para estocagem de suco de fruta concentrado.


Sua característica é muito forte como porto-indústria. Um exemplo bem elucidativo é a transformação de sucata de automóveis em aço para fazer outros autos no próprio porto.

O Brasil é um cliente importante do Porto de Ghent. A sua infraestrutura é multimodal. O porto dispõe de conexão hidroviária para a França e a Alemanha.

Ghent II


Ghent conecta-se ao interior da Europa por meio de uma extensa rede de hidrovias e ferrovias de Flanders. Além disso, os aeroportos de Bruxelas e Ostende ficam bem próximos à malha ferroviária e ao sistema de rodovias. Ainda pesam a favor de investimentos estrangeiros três particularidades da legislação belga: a facilidade para se abrir uma empresa no país, o conjunto flexível de normas aduaneiras e o incentivo fiscal.

Desafios de Ghent


Na entrevista aos jornalistas brasileiros, o " General manager" de Ghent, Daan Schalck ( foto), disse que um dos principais desafios do porto será a consrução de uma nova eclusa, obra que vai custar 1 bilhão de euros. Informou também que em 2009 Ghent movimentou 27 milhões de cargas e que a meta é movimentar em 2020 60 milhões de cargas das mais diversas mercadorias.

Ghent um porto indústria


No terceiro dia da Missão a Bélgica, visitamos hoje o porto de Ghent e fomos recebidos pelo CEO Daan Schalck, e pelo diretor comercial Dirk Becquart. Fábricas como a Volvo são instaladas junto ao cais. Outro exemplo são os maiores armazenadores de sumos de frutas que agregam valor à mercadoria importada por meio de graduação e sofisticação do suco final. Aliás, está instalado em Ghent um terminal portuário da Citrosuco Europa, que conta com terminais especializados que permitem a armazenagem do suco em 36 tanques refrigerados.