quarta-feira, 17 de março de 2010

As bicicletas


A imagem é comum na Europa. Em Ghent, seus habitantes utilizam a bicicleta para tudo: ir ao super mercado, estudar, passear, fazer compras. Essa foto mostra, bem cedo do dia, crianças se deslocando para a escola em suas bicicletas. E com um detalhe: todos com equipamentos de segurança. Alguém consegue imaginar essa cena em uma cidade brasileira?

Na busca de novos mercados


Daan Schalck revelou que em 2009, 20% do transporte marítimo em Ghent veio do Brasil, o que é um percentual alto comparado em relação ao total movimentado pelo porto.


Do total movimentado por Ghent, cerca 60% é navegação marítima de curta distância. Isso significa que 60% é o tráfego da Europa. Ou seja, de outras partes do mundo metade vem do Brasil. América do Norte também é importante. "Estamos tratando de desenvolver ainda mais do que estamos fazendo hoje. Outros focos são Turquia, Líbia, Marrocos, Argelia, Norte da África e Sul da Europa. Também temos boas conexões. Rússia também é importante para nós", revelou Schalck.

Eclusa para aumentar movimentação em Ghent


Daan Schalck (foto), CEO do Porto de Ghent, disse aos jornalistas brasileiros, que o principal desafio é o crescimento. "Hoje temos só uma eclusa e negociamos com a Holanda para construir uma eclusa nova para crescer no futuro. No transporte marítimo temos 25 milhões de toneladas e com uma nova eclusa podemos crescer mais de 6 milhões por ano", disse o CEO.Segundo ele, há congestionamento para acesso por ter só uma eclusa. Ghent necessita entre 800 mi e 1 bilhão de euros para construir a nova eclusa, dos quais 15% seria da autoridade portuária. Existe uma negociação com a Holanda nesse sentido. " São negociações difíceis. As vantagens para Gent serão enormes. Antuérpia e ZeeBruges também têm ambição de ter novas eclusas... No prazo mais otimista poderia ter a nova eclusa em 2018", revelou Schalck. Foto cedida por Lloyd Magazine

Contêineres


Francis Rome, do Instituto de Logística de Flandre também abodou a movimentação de contêineres no mundo. Na china e Índia continuou crescendo. Na Europa caiu 20% em 2009. E agora esperamos para 2010 algo como -5%. Na melhor cenário vamos voltar ao volume anterior a 2009. Uma alternativa enquanto se aguarda a recuperação de contêineres pode ser atrair carga fracionada.

Segundo Rome,o aço está voltando. Arcelor tinha parado um dos fornos e está voltando. No setor de alimentos, a situação também é positiva. Tabaco, cacau, café. Biofuel é relativamente pequeno mas está crescendo.


Hamburgo caiu mais em 2009 porque é um porto muito ligado ao comércio exterior chinês. Em Antuérpia o movimento caiu 15,6% em contêienres no ano passado. O volume caiu de 1,8 para 1,5 milhão de contêineres (confirmar).

Logística Verde


Há 30 mil pessoas trabalhando em 700 centros de distribuição na Europa. Nesses centros são realizadas atividades de montagem e de agregação de valor. O conhecimento que temos da indústria é aplicado nos centros de distribuição.A Nike tem na Bélgica o maior centro de serviços, centro de distribuição, fora dos EUA.

Está localizado a uma hora de Antuérpia. É trimodal (hidro, rodo e ferroviário). E tem energia eólica e solar. É CO2 neutro. Isso é a logística verde que cresce cada vez mais. É o caso da Katoen Natie que também utiliza energia solar. A Nike tem um centro de excelência para suas operações mundiais. Traz produtos da Ásia para os portos, põe nas hidrovias e ali agrega valor. Tem ali o conceito de cluster, trabalha com outras empresas para fazer a distribuição, reduzindo custos.

As oportunidades de Flandres


Francis Rome (foto), do Instituto de Logística de Flandres, ao palestrar para jornalistas brasileiros que estiveram participando da Missão a Bélgica, acredita que a região vai obter crescimento neste ano. Flandres oferece a oportunidade às empresas de atingir 500 milhões de consumidores em 27 países que fazem parte da UE. A região está no coração da Europa. É o centro do consumo e da produção na Europa. 60% do poder de compra da EU está situado em um raio de 500km de Flandres.

Segundo ele, na Era do Império Romano a Bélgica era caminho do comércio. Rome falou sobre o estudo da consultora Cushman & Wakefield, de 2008, que coloca a Bélgica como o país mais atrativo para se investir em atividades de distribuição e logística. É o primeiro pelo custo da terra, custo da mão de obra, infraestrutura.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Escritório da Apex

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) deve inaugurar, até o fim deste mês, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), um escritório em Bruxelas, capital da Bélgica e cidade sede da União Europeia (UE). Um dos principais objetivos do escritório, segundo a Apex, será fazer um "lobby técnico" para evitar que as exportações brasileiras enfrentem problemas no mercado europeu.

Acordos

Em outubro de 2009, o presidente Lula esteve visitando a Bélgica.No contexto da reunião bilateral belgo-brasileira, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, e o colega belga, Yves Leterme, assinaram diversos acordos de colaboração sobre transferência de presos, previdência social, consultas políticas, cultura, logística portuária e migrações.
Um deles garantirá que os trabalhadores brasileiros no país europeu --cerca de 40 mil-- poderão utilizar os benefícios previdenciários se decidirem voltar ao país de origem, um tratado recíproco para os belgas empregados no Brasil.


Assinaram outro acordo que abre a via para colaborações em setores-chave como espacial, nuclear, nanotecnologia, biotecnologia, saúde pública e epidemiologia.
Além disso, o memorando de entendimento sobre consultas políticas que concluíram estabelecerá reuniões de alto nível entre os países a cada seis meses.
Na área cultural, o Brasil será o país convidado ao festival cultural Europalia 2010, realizado a cada dois anos e que permitirá à Europa conhecer o Brasil em toda sua diversidade, disse o governante brasileiro.

Príncipe no Brasil

Em maio, uma missão econômica e comercial belga, presidida pelo Príncipe herdeiro Philippe ( na foto com o presidente Lula), estará no Brasil para tentar ampliar e diversificar os laços comerciais entre os dois países. A missão visitará São Paulo, Rio e Belo Horizonte. O Príncipe Philippe terá encontro, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta um acordo de cooperação no setor portuário.

O comércio entre os dois países


O comércio entre Brasil e Bélgica cresceu entre 2003 e 2008. No ano passado, as transações entre os dois países tiveram uma queda de 30% devido a crise global.Em 2009, o comércio Brasil-Bélgica somou US$ 4,29 bilhões, 28,3% abaixo dos US$ 6 bilhões de 2008, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


O Brasil exporta para a Bélgica commodities, entre os quais fumo, café, suco de laranja, e alumínio. A Bélgica exporta para o Brasil produtos químicos e vegetais, vacinas, plásticos, material de transporte, metais, máquinas e malte, entre outros produtos.

Pedidos da DEME aumentaram mesmo com a crise


Apesar da crise belga a DEME viu a sua carteira de pedidos no ano passado chegar a 2,12 bilhões de euros. Para 2010, a empresa espera uma utilização contínua da frota. O volume de negócios no ano passado chegou a 1.403 milhões de euros. Um pouco em relação a 2008, que atribui a gestão da manutenção da dragagem que quatro navios de grande porte no primeiro semestre foram submetidos. O lucro líquido subiu para 103 milhões de euros.

Almoço na Albatroz


Na foto, a bordo da lancha Albatroz onde almoçamos e realizamos uma visita a área portuária,Diniz Júnior (Conexão Marítima),Marcelo Volpi,Bart Rumes,Luycvx Jam (Dreding International). A DEME foi estabelecida como uma empresa holding em abril de 1991, mas suas raízes remontam do século 19.

domingo, 7 de março de 2010

Visita a Dredging International


No último dia da missão na Bélgica (05), visitamos a Dredging International, empresa de dragagem. A DEME opera na construção dos principais portos da Bélgica e de aprofundamento e manutenção dos seus canais de navegação no mar do Norte e do rio Escalda. Juntamente com a jornalista Valeria Bursztein da Global Online, fomos recebidos pelo diretor de comunicação Hubert Fiers e pelo diretor de negócios Bart Rumes.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O trabalho da Flanders Investment&Trade


A facilidade para se abrir um negócio no país, atrai empresas de todo o mundo.O conjunto flexível de normas aduaneiras e o incentivo fiscal são dois ítens em destaque.
O primeiro fator é sustentado pelo suporte de informações prestadas pela Flanders Investment&Trade (FIT) e também porque o governo resume toda a burocracia de registro de empresas estrangeiras a um único formulário. Já a questão da legislação aduaneira flexível é explicada porque a Bélgica faz parte da União Européia, o maior mercado único do mundo, fato que torna os regulamentos sobre importação e distribuição válidos em todo o continente. E o terceiro ítem é representado pelos subsídios do sistema tributário, que abrangem contratação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, e até mesmo dedução de juros sobre capital próprio.




Mieke Pynnaert (foto), Conselheira Econômica Comercial da FIT, é incansável na divulgação das oportunidades que a região de Flandres oferece para as empresas. Nos últimos anos, tem rodado vários países neste sentido. Dedicada e competente, argumentos não lhe faltam. Tem sido fundamental, juntamente com a sua equipe, nesta missão que participam quatro jornalistas brasileiros.


O Brasil e Ghent


O Brasil já é um grande parceiro do porto de Ghent.Cerca de 3,9 milhões de toneladas movimentadas são de minérios. Ligado ao Mar do Norte através do canal marítimo artificial, Ghent ocupa uma superfície de 32 Km² e pode acomodar embarcações de até 80 mil toneladas brutas. Na última reforma foram feitos investimentos nos armazéns de refrigeração especial, a 25 graus negativos, para estocagem de suco de fruta concentrado.


Sua característica é muito forte como porto-indústria. Um exemplo bem elucidativo é a transformação de sucata de automóveis em aço para fazer outros autos no próprio porto.

O Brasil é um cliente importante do Porto de Ghent. A sua infraestrutura é multimodal. O porto dispõe de conexão hidroviária para a França e a Alemanha.

Ghent II


Ghent conecta-se ao interior da Europa por meio de uma extensa rede de hidrovias e ferrovias de Flanders. Além disso, os aeroportos de Bruxelas e Ostende ficam bem próximos à malha ferroviária e ao sistema de rodovias. Ainda pesam a favor de investimentos estrangeiros três particularidades da legislação belga: a facilidade para se abrir uma empresa no país, o conjunto flexível de normas aduaneiras e o incentivo fiscal.

Desafios de Ghent


Na entrevista aos jornalistas brasileiros, o " General manager" de Ghent, Daan Schalck ( foto), disse que um dos principais desafios do porto será a consrução de uma nova eclusa, obra que vai custar 1 bilhão de euros. Informou também que em 2009 Ghent movimentou 27 milhões de cargas e que a meta é movimentar em 2020 60 milhões de cargas das mais diversas mercadorias.

Ghent um porto indústria


No terceiro dia da Missão a Bélgica, visitamos hoje o porto de Ghent e fomos recebidos pelo CEO Daan Schalck, e pelo diretor comercial Dirk Becquart. Fábricas como a Volvo são instaladas junto ao cais. Outro exemplo são os maiores armazenadores de sumos de frutas que agregam valor à mercadoria importada por meio de graduação e sofisticação do suco final. Aliás, está instalado em Ghent um terminal portuário da Citrosuco Europa, que conta com terminais especializados que permitem a armazenagem do suco em 36 tanques refrigerados.

terça-feira, 2 de março de 2010

Sede em formato de navio


A nova Sede da Autoridade Portuária de Antuérpia irá ser “um edifício icónico, visível de múltiplas direcções”, e um símbolo de um dos maiores portos do mundo e do desenvolvimento económico da Flandres.


De autoria de Zaha Hadid, que venceu o concurso internacional, a proposta utiliza um conceito muito forte , o de um edifício em forma de barco/navio (foto) que assenta sobre a estrutura existente da Central de Bombeiros do Porto. Com um total de 46 metros de altura (o equivalente a 15 pisos), assente em três grandes pilares e revestido a triângulos de vidro, o novo edifício é uma evocação da história e tradição do porto.

Campanha para breakbulk


A Antuérpia estuda medidas para ampliar movimentação de breakbulk (carga fracionada).As autoridades portuárias da Antuérpia estão desenvolvendo uma nova campanha para intensificar a movimentação de carga breakbulk no porto. O órgão e mais cinco empresas filiadas à federação Alfaport Antuérpia assinaram uma série de cinco convênios estabelecendo objetivos para fazer do porto um complexo mais competitivo.


As cinco empresas envolvidas operam aço, frutas, produtos florestais, cargas de projeto e automóveis. Por meio destes convênios, o porto espera expandir sua liderança no comércio de breakbulk e sua posição como segundo maior porto da Europa. Entre as medidas previstas para alavancar novos contratos comerciais está a participação em um número maior de eventos internacionais, como a Steel Logistics Conference; The Journal of Commerce’s Breakbulk Conferences em Cingapura, Antuérpia e Houston; Fruit Logistica; Transport & Logistics Munich; Intermodal Rússia; e a brasileira Intermodal South America, em São Paulo, a ser realizada em abril.

Ainda a Antuérpia


O volume de contêineres movimentados pelo Porto de Antuérpia em 2009 caiu 15,6%, computando um total de 7,309 milhões de unidades de 20 pés, retratando o declínio dos volumes em todos os portos do norte da Europa. Em termos de tonelagem, o volume total de contêineres caiu 16,7%, apontando 157,806 milhões de toneladas métricas. Conforme as autoridades do porto, o total registrado em 2008 se aproximava de 190 milhões de toneladas.

Porto de Ghent


Nesta quarta-feira visitaremos o porto de Ghent. Seremos recebidos pelo diretor comercial Dirk Becquart. Abaixo, uma entrevista que realizamos em 2009 para a Revista Conexão Marítima em Porto Alegre no Congresso Navegar.


Quais os setores que Ghent pode fazer negócios no Brasil?


Poderemos ter muitos negócios com o Brasil. A cada 5 toneladas que chegam em Ghent, uma tonelada vem do Brasil. A cada três semanas temos uma linha regular com o porto de Santos no transporte de sucos. Operamos também com Santos carga de projetos e de contêineres.
Em 2008 movimentamos 47 milhões de toneladas. Estamos próximos de um dos maiores mercados consumidores do mundo. O porto de Ghent é um centro de distribuição de mercadorias.Operamos cargas de vários países do mundo.

O porto pode ser um centro de distribuição dos produtos brasileiros?


Somos uma empresa portuária autônoma, e mantemos uma forte relação com a cidade. O porto tem 27 km de cais, não há congestionamentos de navios, qualquer embarcação pode operar no porto. Precisamos estreitar as relações comerciais com o Brasil, para distribuir seus produtos para os países Nórdicos, Turquia, Rússia e Grécia.


Qual a capacidade de armazenamento do porto no que se refere ao biocombustível?


Estamos investindo em projetos voltados para o biocombustível. Somos o maior cluster deste produto na Europa, não apenas na produção, mas na pesquisa e desenvolvimento. Em novembro vamos inaugurar em Ghent uma usina de biocombustíveis para pesquisar mais esse produto. O porto tem uma capacidade de armazenamento de cerca de 1 bilhão de metros cúbicos de biocombustível de segunda geração.



O que é movimentado no modal hidroviário?


Operamos barcaças nas hidrovias e transporte marítimo. Movimentamos 27 milhões de toneladas no marítimo e 20 milhões na hidrovia. Mesmo com a crise, a tendência é de crescimento até o final deste ano. Essas barcaças tem capacidade para 9 mil toneladas, que transportam produtos sólidos e líquidos. A partir de Ghent podemos chegar até Paris com barcaças de até 4 mil toneladas de cargas. É melhor que o transporte rodoviário, porque evita os congestionamentos, e acidentes.


Ghent também opera com grande quantidade de aço?


Possuímos a maior usina de aço da Europa. Importamos 1 milhão de toneladas de produtos para a fabricação de aço.Temos terminais com capacidade para seis milhões de toneladas de aço para a indústria automobilística. Várias montadoras estão operando em Ghent para distribuir seus veículos na Europa.


Há áreas para expansão do porto?

Ghent tem 600 hectares disponíveis de área para empresas se instalarem, isso é mais que 50% do que está disponível nos portos existentes na Bélgica. Essa é uma grande vantagem em relação aos demais portos da Europa. Anualmente do Brasil temos uma importação de 1 milhão de toneladas de soja. Ghent é a maior base de armazenamento de produtos voltados para o agronegócio,como sucos, soja e grãos.

Perdas com a crise


O diretor do Porto, Albert Pegg ( foto), proferiu uma palestra aos jornalistas brasileiros. Informou que a crise atingiu em cheio o porto belga. Segundo ele, Antuérpia vai levar 5 anos para recuperar as perdas com a crise de 2009 e que o porto está desenvolvendo uma grande campanha para movimentar cargas fracionadas. O foco são as cargas de projeto, aço, frutas, produtos florestais e café. Mais adiante detalharemos o foco dessa campanha.

O Porto de Antuérpia


Visitamos nesta terça-feira o porto da Antuérpia.A cidade concentra cinqüenta por cento da população total de sua província. A maioria dos habitantes compõe-se de belgas de língua flamenga, embora também sejam falados o francês e o holandês. Existem importantes minorias de holandeses, marroquinos, espanhóis, franceses e alemães.


Antuérpia é um porto multifuncional, onde todos os tipos de carga são carregados, descarregados, armazenados e tratados de forma adequada. This demands specialised equipment and trained personnel. Isso exige equipamento especializado e pessoal treinado.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ghent, um Porto Indústria em busca de novos negócios



É cada vez maior a presença de grandes empresas brasileiras na região de Flandres, na Bélgica, onde estão localizados os portos de Antuérpia, Zeebrugee e Ghent. Além dos complexos portuários, a região conta com três aeroportos internacionais e uma extensa malha de transporte fluvial e rodoviário, o que torna Flandres a rota ideal para o exportador brasileiro e para as empresas de logística entrarem no mercado europeu.

Ghent está localizado numa região estratégica. Fábricas como a Volvo são instaladas junto ao cais. Outro exemplo são os maiores armazenadores de sumos de frutas que agregam valor à mercadoria importada por meio de graduação e sofisticação do suco final. Aliás, está instalado em Ghent um terminal portuário da Citrosuco Europa ( foto), que conta com terminais especializados que permitem a armazenagem do suco em 36 tanques refrigerados. O terminal também funciona como centro de distribuição europeu, onde é realizado o desembaraço alfandegário.

Importação e Exportação


Principais produtos de importação de Flandres (46%)

Minérios;
Produtos hortícolas , frutas e seus derivados;
Sal, enxofre, cimento e cal;
Automóveis, tratores, motocicletas e bicicletas; Alumínio e aplicações;


Principais produtos de exportação de Flandres (60%)

Automóveis, tratores, motocicletas e bicicletas;
Produtos químicos;
Máquinas e componentes ;
Produtos farmacêuticos;
Plásticos e aplicações;

Portos e queda na movimentação


Hoje a tarde no Hotel NH Gent Belfort, aconteceu a primeira reunião com os jornalistas. Estiveram presentes, além dos jornalistas, Bianca Kerwyn, Marc Van der Linden, Mieke Pynnaert (Flanders Investment&Trade) e Francis Rome, Presidente da Comissão dos Portos da região de Flanders. Foi apresentado os perfis dos portos da Antuérpia, Ghent, e Zeebrugge. Vamos comentar ainda nesta semana sobre esse encontro. Mas ficou claro, que os portos da região, localizados no extremo sul do Mar do Norte desempenham um papel no desenvolvimento do país. Como em toda a Europa, os portos sentiram os reflexos da crise no ano passado e aqui não foi diferente.


De acordo com resultados preliminares, o porto belga de Antuérpia viu seus volumes totais no ano passado caírem devido à recessão. No total, o porto deve ter fechado 2009 com 158 milhões de toneladas movimentadas, 16,7% menos do que em 2008. Os volumes de contêineres estabilizaram após o primeiro trimestre, com o resultado final estimado em queda de 14,1%, ou 87 milhões de toneladas. Na foto, Francis Rome, Presidente da Comissão dos Portos da região de Flanders.

Uma mistura de outros países


Não existe um idioma belga. As pessoas falam dois idiomas: na metade norte do país, o holandês (mais puro que o da Holanda, sem misturas com o inglês); e na metade sul, o francês. A explicação está em que o país abriga duas comunidades de origens diferentes, a flamenga (ao norte) e a vala (ao sul).


Segundo, a Bélgica é reconhecida como sendo o verdadeiro país das batatinhas fritas (e não a Holanda, nem a França). Também é o país da cerveja (dizem haver um tipo diferente para cada dia do ano), como também do chocolate (mais forte e amargo do que o suíço).
A Bélgica é um país que parece ser formado por uma mistura de outros países e culturas, principalmente da Holanda, França e Alemanha. Em área, é um pouco menor do que a Holanda; é também menos populoso, tendo em torno de 10 milhões de habitantes, enquanto que a Holanda tem 16. A arquitetura belga recebeu muita influência da Holanda, mas é mais diversificada. Os prédios antigos são estreitos e retangulares, com grandes janelas, como na Holanda. Tem, também, muitas igrejas e prédios, muitos deles públicos, em estilo romano e gótico.
Na foto,o prédio da prefeitura de Ghent, que está em obras de restauração

Estamos na Bélgica


Chegamos a Bélgica, em Bruxelas segunda-feira ( 11 horas da manhã ) Saímos de São Paulo domingo às 4 horas da tarde. Foi uma longa viagem. Acompanham essa missão os colegas Francisco Goés, do Jornal Valor Econômico, gaúcho de Santana do Livramento, Valeria Bursztein da Global Online e André Sales da Revista Tecnologística. Fomos recebidos em Bruxelas pela Conselheira Econômica e Comercial da Flanders Investment &Trade, Mieke Pynnaert. Abaixo algumas imagens das ruas de Bruxelas, que tiramos a caminho de Ghent, a nossa base nessa missão. Na foto, centro de Ghent na tarde fria de segunda-feira.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Bélgica e o Brasil


Mieke Pynnaert (foto) e Claudia Rolim da Flanders Investment&Trade, estão envolvidas com a missão de jornalistas brasileiros que visitarão a Bélgica de 28 de fevereiro até o dia 5 de março. A Revista Conexão Marítima estará participando dessa missão. A idéia é que os jornalistas conheçam a infraestrutura daquele país em portos, logística e energia, especialmente a região de Flandres, onde estão localizados os portos da Antuérpia, Zeebrugee e Ghent.

A região é a rota ideal para o exportador brasileiro e para as empresas de logística entrarem no mertcado europeu.A Flanders Investiment & Trade (FIT) ,agência do governo belga com mais de 70 escritórios internacionais, responsável por apoiar empresas do país a fazerem negócios no exterior e também por dar suporte às empresas estrangeiras que queiram entrar na Bélgica, é a reponsável pela divulgação da região para o mundo.É a FIT que expõe os bons motivos para as empresas brasileiras utilizarem os portos belgas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Porto de Zeebruges


O porto de Zeebruges é o único porto em Flandres no mar.Em 2008 movimentou 42 milhões de toneladas. É um centro europeu para a indústria automobilística .Opera com transporte de gás natural do Mar do Norte através de tanques-depósitos. Zeebrugge está entre os portos mais rápidos da Europa. O tráfego de carga, por conseguinte, tem aumentado espetacularmente em Zeebrugge: anualmente, cerca de 10.000 navios ancorados no porto, enquanto capacidade de carga passou de 14 milhões de toneladas em 1985 para 42 milhões de toneladas em 2007.

O Porto de Ghent


Ghent está localizado numa região estratégica, e conecta-se ao interior da Europa por meio de uma extensa rede de hidrovias e ferrovias de Flanders. Além disso, os aeroportos de Bruxelas e Ostende ficam bem próximos à malha ferroviária e ao sistema de rodovias. Ainda pesam a favor de investimentos estrangeiros três particularidades da legislação belga: a facilidade para se abrir uma empresa no país, o conjunto flexível de normas aduaneiras e o incentivo fiscal.

Porto da Antuérpia



A Antuérpia é o segundo maior porto da Europa para o frete marítimo internacional e de classe mundial. As mercadorias também são armazenados, reembaladas, expedidos e, em seguida, distribuídos aos seus destinos finais a partir de Antuérpia.

Está localizado na região central no Noroeste da Europa, o que o torna um porto com uma localização preferida, oferecendo excelente acesso aos principais centros industriais europeus e um grande potencial consumidor base. Comparado a outros portos da Europa Ocidental, a Antuérpia tem uma relação bem equilibrada de exportação para as importações para a maior parte dos tipos de carga.